quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Conterrânios de um asteróide

Oh! Ultrapassei as imperiosas fronteiras da terra, E dancei nos céus com alegres asas de prata; Em direção ao sol subi, e com o coração leve fui parte das alturas, das nuvens entre as quais passa o sol e fiz muitas coisas Que você nunca sonharia - girei e subi direto E balancei-me no ar, Bem alto no silêncio iluminado pelo sol. Planando lá, Persegui o vento que assobiava, e bruscamente virei e levei Meu ansioso aparelho através de corredores no ar suspensos.
Vôo Alto, John Magee.
Ao meu doce amigo.
Você que me causa falta e que me ensinou a reconhecer sentimentos. Me deu razões para confiar e sequer de longe desistir, nem que seja por você. Amigo, veio do tão longe B-612 afim de semear amor e compartilhar a dor, e assim me impedir de fugir. Sabe, o dia em que muito sofri, vi ficar também em seus olhos parte da minha tristeza. Vi no seu cenho franzido, toda a compaixão que se tem quando gosta; mais, uma compreensão que só corações nativos de uma mesma terra poderiam dar um ao outro. Lembro-me na vida ter sentido tamanha emoção ao ver Ofélia sacrificar-se em meio a toda a guerra de 40, naquele mundo fabuloso e sombrio, por seu irmão. De fato o mistério nos uniu. E desde então, fui tomada pelo leve sabor do gostar. Repensei as pessoas e algo velho; sempre soube que não éramos daqui. Temos nos merecido, realmente. Sua sensibilidade decifra a essência dos sentidos mais profundos que me habitam, a paz para verdadeiros amigos. Palavra alguma se fez necessária, você pensou alto. Eu ouvi todos os sons que não saíram da sua boca. E foi você quem teceu um fio de esperança em minha vida. Obrigada por me tornar reflexo de uma amizade sincera, não vou desistir. Não sei se por você, por mim, por nós dois. Não vou! Anseio que este otimismo me preencha por longo tempo, ao menos até nos encontrarmos naquele asteróide, lá longe ... após essa curta temporada de crescimento aqui. Tudo vai passar e quero te ver por lá, no mais alto dos lugares. Com a altivez de César, O imperador. Todavia, com a doçura de "Le petit prince"!

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