
Eu não estava bem para visitas. Eu não estava para ninguém. Me atormentaram. Roubaram a paciência de mim; não deixaram uma só gota. Então a culpa é minha, se me furtam, me corrompem, me agridem? Sinto vontade de gritar. Meu corpo o faz, já. Estou tão cansada que as minhas letras sendo redondas, hoje estão compridas devido o sobe e desce da caneta. Subir é difícil e cair é o que mais tenho feito. Vivo gangorra. Pior seria desenhá-las, estando eu, distante de toda beleza. No auge da amargura que imprimiram em mim. Talvez com minha permissão, ou não houvesse saída. É, não havia. Eu queria estar bem longe; não sumir do mundo, apenas daqui. Porque todo lugar que é meu não me pertence. Breve; não tenho lugar algum. Muito machucada me perco. Meu punho dói, todavia, não mais que minh' alma. Meu corpo aos prantos sussurra dolorosamente sem forças por socorro; por teletransporte. A loucura me deslocaria e pra louca não falto muito. Suponho então está chegando ao fim desta história. Não sei se feliz; de certo insano e bem distante da sua compreensão, assim como minha loucura. Afinal, na vida é tudo tão normal. Até minha ironia, única coisa realmente sensível aqui. Atordoarei ao ponto de não me conhecer, nem te reconhecer principalmente. E sairei deste lugar, enfim. Para qualquer outro. Lugar nenhum é o meu lugar; onde eu deveria estar, de volta as origens. Vim do nada para nada. Diante de tanto suplício e lamuria não enxergo lacunas para cobranças; ainda mais de afeto, se tão pouco gosto de mim nesse momento. Meu único agrado aqui são as paredes que me cercam parcialmente de outros. Não me chame, nem me veja, eu não quero ninguém. Desejo o nada, estou cheia. Tenho carência de vazio. Não posso deixar que o excesso ponha um fim em tudo, só eu o farei, se assim for para ser. Não me procure; se me encontrar negligencie, porque se reconhecer eu vou gritar. Te peço: apenas me deixe ir para lugar nenhum. E se me ama de fato tanto quanto afirma, prove! Cubra minha fuga.
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