Segredos de liquidificador
Verdade; difícil, inevitável comigo. Não sei do que tento fugir. Tudo está tão impregnado em mim. Até louco já ouviu o barulho dos meus segredos. O vento me diz que carrega tudo num zumbido que me entrega; peco em comunicação exarcebada. Até meu respirar fala. Grita que era eu lá, naquele lugar proibido, mal visto. Que sim, fui vista; e tinha alguém comigo; olhos surpresos e bocas chocadas renegando o amor de ser essência, essencial à alguém. O vento agora leva e traz... vai bonito, volta feio; vai limpo, vêm sujo; Belas confissões barulhentas, do mais puro sentimento, badalam o tempo da vida de "ninguém" que o perde -pena, tão precioso- comigo; meu íntimo, não seu. Meu bem querer, estar; antes do soar da vida de qualquer um em meus ouvidos. É só qualquer um, _doce ironia impregnada, ou o ego, monstrinho disfarçado de auto-estima_ ah... esse vento e seu ruído a entregar meus mistérios muídos com muito ardor, afim de preservar; esconder dilacera. Fugir da prisão correndo entre grades, ilusão amarga. Todavia, ar de íntimo não me intimida. Longe de me renegar quando te desconheço. Quero mais que tudo se esfacele na hélice de um ventilador. E viva aos eletrodomésticos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário