terça-feira, 6 de outubro de 2009

Retrato à Hubi*


Você que me trouxe a vida, e vive a me tirar de poços; macula imagem e honra, não há honra maior que amar. Você que me deu a mão e o corpo inteiro, que se desfez, desfaz de toda e qualquer riqueza, luxo; pela simplicidade do estar, do compartir. Você que sem nenhum apreço, apego, se desnutri por mim. Sem dúvidas, brindemos aos seus olhos que enxerga tudo quando os meus ofuscados nada encontra; que fitam verdades enquanto os meus se iludem. Salvemos a vida que te agracia, mesma que te preenche de mim; e é você, somente você que me alimenta e me sacia. Você de tamanha bondade, tem visibilidade de encantar o mais sábio coração. Incrédula de ser humana, encontrei em "Carnalismo", a prova de tua existência. Musa de Arnaldo Antunes, que supostamente imaginara ser sublime tal qual você. Real tua beleza nesse mundo inacreditável, tamanha as loucuras, tão grande a crueldade. Maior sorte na vida é não estar aqui, mas estar aí com você, nesse mundo mágico que inventastes para que pudéssemos ser felizes, "far far away" de toda maldade. Onde teu ombro, teu colo repouso para os braços meus; teu corpo, estudo e reflexo do meu interior. Numa doce ingenuidade, a provocação na medida de minha libido. Você que, detêm poder, preenche meu âmago me dando sempre a certeza de que terminaremos deitadas sobre a relva num leve descanso de paz. Ambas presentes, você de Deus, Eu de grego(salva por poulain:até as alcachofras tem coração)snifsnif; sob um lindo sol da manhã: passarinhos cantam avisando a passagem do amor que acorda em nós.



hubi*


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