terça-feira, 22 de junho de 2010

A partida

O sol nasce mais uma vez.
Estou em um novo lar.
Neste, o olhar mais acolhedor, o de Yanka.
Personalidade forte, sincera.
Foi amor no olhar. Senti seus bons e maus dias e ela os meus.
Vivemos uma para outra naquele seio de amor indiferente.
Agradecia.
O destino cruel colocou-me para o veredito final, para a despedida.
Eu disse: ela vai sentir dor?
A vida esta por me dever mais esta resposta.
Eu te matei ou te libertei?
Depois de mais uma caminhada, agora noto que partimos juntas.
Parei noutro chão, de pé.
Conheçi, um então velho desconhecido, Mayan.
Dois últimos dias de vida, eu, ainda de luto. 
A este lhe coube comiseração. 
Senti toda a sua agonia, seu ultimo suspiro, o parar dos seus pulmões, antes sua tristeza.
Tudo, naquele dia que era de festa, de muita bebida e comilança.
Dia em que se comemorava a partida.
Tentei compreender, consolei-me: estão com Baleia.
Arrumei as malas.
Senti novo chão, este de um táxi que me levava.
Acenei e agradeci.
Por hoje estou aqui.
O sol nasce mais uma vez.

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