terça-feira, 2 de março de 2010

Assumo

Ainda penso no porquê de não ter dado certo.
Ainda acho suas mãos as mais bonitas.
Ainda sinto seu beijo na boca.
Ainda respiro seu perfume ao lembrar do teu abraço.
Ainda choro por você, hoje menos que ontem, más choro.
Ainda ouço sua risada gostosa de palhaço, num show particular.
Ainda lembro da tua voz no meu ouvido, dizendo as coisas mais bonitas e as mais difíceis de ouvir.
Ainda quero o teu amor sincero que não camuflava nada, nem o horror de alguns gestos, palavras.
Ainda sofro a tua ausência, a distância das tuas costelas, do teu olhar.
Ainda lanço o meu olhar ao mundo acreditando encontrar o teu, só meu.
Ainda espero você voltar de qualquer que seja o lugar, voltar para mim. 
Ainda sonho com o seu abraço apertado a me esmagar de tão desproporcional nosso tamanho.
Ainda acredito neste amor desmedido.
Ainda preciso deste amor desconsertante, torna-me feliz.
Ainda dói sua falta, ainda faz falta, ainda ausência, ainda só.
Ainda sofro por não sermos, "nós".
Que doa então.

"Deixa em cima desta mesa a foto que eu gostava
Pr'eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo." Oswaldo Montenegro

Nenhum comentário:

Postar um comentário